O guarda-jóias da Porsche
Em pleno coração de Zuffenhausen um arrojado edifício, marcante pela modernidade do seu traço arquitectónico, guarda todas as memórias do passado da Porsche.
O vencedor foi o atelier austríaco Delugan Meissl, que projectou um edifício de 100 milhões de euros.
Três pares de pilares em forma de "V" suportam um edifício que parece uma caixa (a caixa de jóias) de 140 metros de comprimento e 5 600 metros quadrados.
Foi inaugurado em 2009. O branco domina o ambiente do vasto lobby ao fundo do qual uma parede vidrada chama a atenção. É como que a montra de uma oficina onde trabalham, diariamente e à vista de todos, mecânicos e engenheiros que restauram automóveis históricos da colecção ou de clientes da Porsche.
Mas se factos históricos como o 356 Coupé, um modelo equipado com um motor de quatro cilindros com 1048 cc de cilindrada, montado na traseira, que debitava 40 cv de potência e atingia o 140 km/h, que marca o nascimento da Porsche em 1948 tem lugar cativo nos espaços de exposição, o museu está diferente cada vez que o visitamos. Ao longo de galerias e corredores, cerca de 80 modelos ajudam a percorrer a história da marca, mas nunca são os mesmos. A rotação da colecção nunca pára e para alem disso há sempre exposições temporárias.
Este é um modelo dinâmico com um acervo que ultrapassa os 400 veículos. Mas há um espaço que nunca muda: o restaurante "Chistophorus", pensado para os mais exigentes epicuristas. O espaço é moderno e funcional, mas ao mesmo tempo requintado. O seu menu gourmet alia a cozinha mediterrânica com as especialidades regionais, onde se destacam os assados e guisados no forno, e a carta de vinhos é riquíssima aliando colheitas europeias, australianas, da América do Norte e do Sul. Portugal foi um pouco esquecido, já que apenas estão disponíveis vinhos do Porto que podem ser apreciados com deleite na sala de fumo onde é oferecida uma rica colecção de charutos, que, sendo muito orientada para a produção da Davidoff, não esquece algumas preciosidades produzidas em Cuba.